quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Rede Autorizada Dafra: mais do mesmo.

Amigos, hoje resolvi sair do meu planejamento original de escrever numa linha mais ''jornalisticamente amadora'' para escrever em nível pessoal pois me senti na obrigação de informar a quem possa ler este artigo sobre a infeliz indústria nacional de motocicletas. 

Não sou um motociclista experiente, porém sempre convivi com pessoas que me levaram ao mundo das duas rodas desde criança e, cansado de ser enganado pelos produtos Honda, caríssimos e sem nada pra custar tanto, e com a mudança de identidade das excepcionais 2 tempos Yamaha desde a década de 90, me sentia carente de uma marca realmente interessante, com bons produtos, que valessem meu dinheirinho ganho com tanto sacrifício. 

Vim ensaiando a compra de algumas motos, inicialmente a V Blade, da extinta Sundown, depois a Comet, da Kasinski, que muito me chama atenção, e recentemente, devido a quebra da Kasinski e minha situação financeira ruim, optei pela compra de uma custom pequena, a Dafra Kansas 150. 
Uma grata surpresa! A moto é excelente, muito barata, econômica, resistente, relativamente confortável para um ser com quase 100kgs e 1,76 e muito bonita, em minha opinião, como convém a uma custom, mesmo de baixa cilindrada. Acabamento de qualidade, de fácil manutenção, boa de customizar, robusta, gostosa na estrada, respeitando-se os limites de uma moto desse porte, enfim estou muito feliz com ela.

Entretanto, três coisas me incomodavam em minha moto: uma mínima folga no pedal do câmbio, pedal do freio que quebrou devido a uma queda e uma bucha do amortecedor trincada. Aos 20 mil km.
Assim, como se trata de uma moto nova, levei a magrelinha a concessionária Dafra Mais Motos, em Santo André.
Sempre fui muito bem atendido ali e desta vez não foi diferente. Apesar da total falta de informação da pobre vendedora de peças que não fazia idéia de como funciona o freio traseiro e inclusive me perguntou se era hidráulico (!!!), a moça foi extremamente esforçada, correu atrás, me levou até a oficina, conversou com os mecânicos, parou a loja para me atender! Pessoa nota 10, aliás atendimento primoroso não apenas dela, mas de todos ali, que pararam tudo para me atender o mais rápido possível. 

Porém, feito o orçamento, quase infartei. 
Total: R$ 994,98. 
Por uma pedaleira dianteira esquerda (não, não existe pedal separado, só o conjunto completo), idem do lado direito, duas pedaleiras traseiras ''originais'' pois ''não serve de outra moto'',  um conjunto varão-porca do freio traseiro e uma bucha de amortecedor. Esta última me fez rir: custa a bagatela de 134 reais. Por uma peça de 2 cm de borracha e uma arruela. A porca não vem (!!!!) e não tem em estoque, só sob encomenda com prazo de 15 a 40 dias... Aliás, não tinha nada em estoque, teoricamente eu teria que aguardar um mês e meio sem moto para reparar os ítens em questão.

Resumo: A Dafra oferece esta moto 0km por menos de 7 mil. 

Kansas 150
ESTILO DE ESTRADEIRA FEITA PARA AS RUAS DA CIDADE.CONHEÇA A MOTOCICLETA CUSTOM DA DAFRA.
Seu design e economia conquistaram o consumidor brasileiro e fizeram da Kansas 150 uma das motocicletas da categoria custom mais vendidas do País. Equipada com partida elétrica e freio dianteiro a disco, ganhou na versão 2011 novas rodas de liga leve na cor preta, com detalhes cromados e 10 raios, e novo escapamento, também na cor preta e protetor cromado na ponteira. O modelo roda até 30 quilômetros com um litro de gasolina e compartilha a proposta de preço justo e qualidade das demais motocicletas da linha DAFRA.



 vista por
R$ 6.690,00

COMO, pergunto eu, a Dafra tem coragem de ser tão cara de pau para cobrar quase mil reais em peças de uso regular como essas numa moto que, 0km não custa nem 7 mil? E olha que a moto tem garantia! Só que esta só tem validade mediante ''revisões feitas em concessionária e uso de peças originais Dafra''.

Saí de lá sem esperanças. No caminho de casa parei na tradicional (para mim) padaria América para esfriar a cabeça, e resolvi passar na ENOCH Motor Cycles, pequena moto peças, na Av. Queiróz Filho, Vila América, também em Santo André e desabafei. Pensei que talvez pudesse encontrar alguma alternativa pelas peças e poderia realizar o serviço eu mesmo em minha oficina particular.

Resultado: O pessoal trocou SIM os pedais de freio e câmbio, aproveitando a pedaleira original que estava intacta, pq EXISTE pedal separado, o kit completo do freio traseiro, as 4 buchas dos amortecedores traseiros (iguais aos da CG, fica a dica), duas pedaleiras traseiras (são as da DT ou YBR, caso alguém queira) e ainda coloquei um guidão da CB II por sugestão deles, pois é mais alto e confortável para uma pessoa magra como eu (rsrs) manoplas, manetes, tudo novo e retrovisores cromados da DT 200. Quanto? O absurdo de 280 reais e tudo feito em menos de 1h30. Foi o tempo de um almoço. Próximo passo comando avançado por míseros 180 reais. Instalado e com muito capricho como deve ser. E olha que quem me conhece sabe o quanto sou chato com os cuidados dos meus carros e minha pequena moto.  

Fica a revolta com a Dafra pela total falta de respeito com o consumidor a até administração burra, pois os produtos são excelentes, só resta a assistência ao consumidor!
Mas valeu a experiência muito agradável de ter descoberto um pessoal simples de muita competência e honestidade. 
Se indico a Dafra? SIM, as motos são muito boas, confiáveis, robustas, com boa dose de tecnologia e preço justo. Se indico as concessionárias? DEFINITIVAMENTE NÃO. Procure uma boa loja de peças em sua cidade e se informe, pois o pior problema do brasileiro é a preguiça de ler e se informar, de querer tudo fácil e de mão beijada. 

Quer ler sobre algo específico? Deixe um comentário! Ficarei muito feliz em escrever.

Até a próxima!

Junior

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Hellcat, o muscle car definitivo?

O Grupo FCA, Fiat-Chrysler, nem bem anunciou o lançamento do muscle car mais potente da história e a Dodge, responsável pelo projeto, já acumula uma fila de mais de 5 mil pedidos de consumidores dispostos a desembolsar cerca de 64 mil dólares para acelerar o Challenger SRT Hellcat. E isso em menos de uma semana!




O carro, baseado no consagradíssimo Dodge Challenger SRT 8, é uma estúpida versão pra quem, mais que bolso, tem peito pra encarar seus 717 hp´s e brutais 89.9 kgfm de torque, entregues as rodas (traseiras, evidente) por um magnífico câmbio automatizado de oito marchas ou manual, de seis velocidades e controle de tração opcional, cujo 'piloto' pode selecionar ao simples apertar de um botão. 

O motor é o monstruoso e lendário Chrysler HEMI com 6.2 litros de capacidade equipado com compressor supercharger, espécie de ''turbo acionado por correia'', capaz de levar os quase 2.500 quilos do coupé da imobilidade aos 100 km/h em míseros 3.2 segundos, com velocidade final, segundo a fábrica, de 318 km/h.




Apenas para se ter uma vaga idéia, nosso ''esportivo nacional'' mais potente, o novo Honda Civic Si coupé, tem 192 cv´s e 19 kgfm de torque...

No acabamento, como sempre, a Chrysler não economizou nem no capricho e nem na escolha de materiais. 
Os bancos tem desenho bastante agradável, remetendo ao lado ''bad boy'' dos Challenger e são leves, confortáveis e com acabamento inatacável, revestidos em couro e alcantara, herança dos esportivos da ''famiglia'' Fiat e, diga-se de passagem, do modismo. Entretanto, nada que comprometa a imagem de puro sangue do muscle. 

A sua frente o motorista tem um cockpit de acabamento simples porém bem equilibrado, funcional, de muito bom gosto e ergonomia excelente, em especial pela tela de LED, posicionada entre os difusores de ar, funcionando como central multimídia e GPS. Tudo muito moderno e high-tech, como convém ao mercado atual.


Já no painel de instrumentos se vê claramente a inspiração nos antigos Challengers de 1970 a 74, com mostradores circulares, numerais de fácil visualização e iluminação com certo ar de ''mistério'', tudo pensado para reforçar a imagem ''sinistra'' do Hellcat, inclusive com um curioso ''gato'' em fundo vermelho bem chamativo e à la anos 70, diferente do tradicional emblema da Dodge ou da inscrição ''6.2L'' do SRT 8.


Quanto a algum Hellcat no Brasil... Bem, até agora nada se sabe, até porque não existe ''habitat'' para este ''gatinho'' por aqui, mas quem sabe algum abonado resolve alegrar nossas ruas com essa visão... 



Texto: Junior McQueen
Fotos: Divulgação