Se você está lendo esse artigo pensando em carros antigos como o idolatrado Opala, nas lendas Dodge e Maverick ou até mesmo nos recém considerados clássicos esportivos dos anos 80/90, como Gol GTS e Kadett GSi e outros esqueça. Sim, amigo (ou amiga)... Infelizmente nossa realidade já é outra, de novo!
Embora ainda seja relativamente fácil encontrar modelos como o Uno 1.5/1.6R abaixo de 12 mil em excelentes condições, já não se pode dizer o mesmo quando o modelo em questão é, por exemplo, o Passat Pointer ou o Uno Turbo, nem mesmo o Tempra ou Marea em suas versões Turbo tem preços minimamente convidativos atualmente.
As causas disso todo mundo já conhece: anúncios surreais para gerar especulação, mau caratismo de 'gente' que diz que compra ou vende por valores irreais, ganância desmedida, a maldita idéia de ostentação de ''quem tem carro antigo tem grana''. Tudo isso aliado ao pensamento podre do brasileiro comum de que ninguém pode ter nada melhor que ele pois isso oprime quem tem menos, afinal somos todos coitadinhos.
Mas deixemos a crítica social de lado e vamos ao que interessa: o que pode ajudar você, amante das excentricidades automotivas, a se posicionar a frente dos aproveitadores que vivem do sonho alheio? Como torrar seu rico dinheirinho com lasanhas automotivas que vão te devolver o prazer ao dirigir, por menos dinheiro, no caso, valores abaixo dos 15 ou até 20 mil reais?
A conta é simples: ou a grana é curta, ou você não quer ser roubado, nem pelo valor pedido de muitos ''novos clássicos'' ou por ter que esconder seu novo carro velho na garagem, pois o risco de roubo e furto é enorme, em parte pelos motivos do parágrafo acima.
Vamos então ao foco desta matéria: você, meu amigo ou minha amiga, você com graves problemas mentais que, como eu, quer um carro diferenciado, só seu, mas não tem como colecionar, comprar ou manter um ''antigo'', seja qual for o motivo, mas deseja um carro que possa USAR, desfrutar, aproveitar e construir suas histórias, pois é assim que deve ser.
O que pode fazer um carro comum virar um clássico?
Não se engane: idade não quer dizer muita coisa quando se trata de carros 'antigos'. Eu explico: no Brasil, convencionou-se chamar de carro antigo qualquer modelo com mais de 20 anos, devido a isenção de IPVA. Mas isso por si só não faz o carro valer muito. Nem mesmo o 'estado impecável'.
Raridade. Embora a expressão seja usada de forma errônea apenas para vender carro em anúncio, talvez esse seja o primeiro diferencial que faz um modelo subir de preço e atingir o status de colecionável ou clássico. Mesmo que o carro nem seja tão raro, itens como cor, opcionais ou acessórios de época valorizam determinados modelos. Falemos então de modelos comuns, ainda em uso por boa parte da população, mas já em franca valorização, como os da década de 1990. Para facilitar, vamos focar nessa primeira parte de nossa matéria, os carros das grandes montadoras a mais tempo no Brasil, começando pela época de ouro da GM pós-Opala: Monza, Kadett, Vectra e Omega.
Chevrolet:
Esqueça a versão 500 EF do Monza. Atualmente é a mais procurada e mais cara, principalmente o cupê automático. Acompanhando a valorização dessa série, os Monza até 1990, já são encontrados por valores bem superiores aos do modelo 1991-1996, o 'tubarão', fenômeno repetido por outros modelos da GM e demais montadoras mais antigas no Brasil.
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| Monza Classic 1986 |
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A versão Classic tem valor pouco mais alto, mas a tradicional pintura saia e blusa pode disparar o preço do Monza, lembrando que só foi disponível entre 1986 e 1990 e apenas para o Monza Classic. Os 500 EF não dispunham dessa opção.
Já as versões de 1991 para frente são mais valorizadas se contarem com o painel digital, opcional raro e que valoriza o exemplar que o possui, o que se estende a Kadett e Omega e, nesse último caso, as versões CD 4.1 da cor preta ou azul já se mostram mais caros que exemplares de outras cores ou opcionais, seguida pela série Diamond 3.0 e CD 3.0, mas os 2.2 e 2.0 já começam a despertar interesse. 
No caso do Vectra, nossa primeira geração (Vectra A, de 1994-96) igualmente já apresenta valores acima da geração seguinte (1997 a 2002), mas a versão GSi já é muito difícil de achar em boas condições e os preços passam dos 20 mil. Pra quem gosta do modelo, uma boa opção é a versão CD, ao lado um exemplar 1994, por volta dos 12 mil em excelentes condições, com maior valorização para as unidades com câmbio automático e teto solar. As cores branco, azul e vinho parecem ser as mais procuradas, e o vermelho sólido a menos valorizada. | Monza S/R 2.0 S 1988 |
| Kadett GS 1990 |
Para quem quer esportivos da GM, vale a pena procurar (bastante) pelas versões GS, GSi e Sport do Kadett, já com preços em alta vertiginosa, e os Monza S/R, raros até em anúncios, mas ainda com preços atrativos.
O mesmo vale para os Monza Hatch que, apesar de não serem tão valorizados nem esportivos, começam a subir de preço aos poucos. Versões na cor bege (1982-83) com vidros verdes e interior marrom, além do vermelho sólido com interior preto são bem cotadas.
Ford:
Quem é Fordeiro está rindo a toa. A gama de modelos da marca por preços interessantes é a mais ampla, mas Corcel e Del Rey já estão praticamente fora de nossa linha de preços, infelizmente. Tendo paciência, ainda podem ser encontradas algumas versões por menos de 20 mil.
| Corcel II Campeões 1984 |
| Corcel II GT 1979 |
A título de informação, sobre o Corcel II, procure por séries mais raras como a Campeões, feita em homenagem a equipe Lotus de fórmula 1 de 1984, a Hobby, de 1978 que ilustra o início desta matéria, ou a raríssima GT, além da última série 1986, e nesse caso atente a grade, que nesse ano deve ser diferente da do Del Rey, com aletas finas ao invés de grossas e para frisos laterais, que em algumas unidades foi substituido por adesivos.
| Del Rey Ghia 1.8 1991 |
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| Corcel II 1986 |
Se a opção for o Del Rey, os 4 portas são os mais raros e, para a última série, em 1991 apenas com motor 1.8 AP, a cor mais procurada é a branca. Anterior a 1991, escolha as unidades com motor 1.6 CHT, preferido pelos fãs dessa linha da Ford.
O maior destaque da linha Ford em nossa análise fica para o Escort. Excetuando-se os 1.0 Hobby 94-95 que ainda não tem tanta procura, todas as demais versões do carrinho tem preço muito bom e potencial de valorização interessante.
| Hobby 1.6 1993 |
Um exemplo é o Hobby 1.6, fabricado apenas em 1993, o que o torna o mais raro entre os populares da marca. Além da motorização, a faixa lateral inferior cinza caracteriza a diferença dos demais.
| Hobby 1.0 1996 |
Curiosamente, a última série do 1.0 Hobby 1996, com parachoques na cor do carro e rodas de liga leve aro 14, começam a despertar interesse e tem preços mais elevados que os 94/95 mas mais em conta que os 1.6 1993.
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| XR3 Fórmula 1992 |
Para quem quer algo mais exclusivo, os Escort XR3 seguem a alta de preços dos esportivos da década, mas os 'quadradinhos' (1986 a 1992) tem preço mais salgado.
O mais raro seria o Fórmula, de 1992, mas praticamente impossível de ser encontrado com os amortecedores originais ainda em pleno funcionamento. As cores amarelo e azul de 1987, além de vinho, prata e branco (sólido e perolizado) são as mais disputadas.
| XR3 1993 |
Já o 'sapão' ou 'europeu' (1993-95) ainda fica abaixo dos 12 mil em condições impecáveis, mais barato que a geração anterior. Atenção para o teto solar, de série em TODOS os XR3, sem registro de exemplares saídos da fábrica com teto rígido, portanto se encontrar um sem teto solar, não aconselho a compra.
| Equalizador digital abaixo do rádio no XR3: raro |
Um detalhe sobre os XR3 93-95 é o equalizador digital de som, não adotado na maioria das unidades mas em maior número nos conversíveis, tornando as unidades que tem o opcional mais valorizadas que as demais.
Já os modelos 1996, que diferem dos modelos 93-95 basicamente apenas pela grade oval, são os menos valorizados e o Verona ainda é encontrado com facilidade por preços extremamente convidativos, mesmo na versão esportiva 2.0 iS, praticamente uma versão XR3 do Verona 4 portas, tão rara que até a foto é difícil de encontrar.
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| O raríssimo Verona 2.0 iS |
A versão mais rara dessa série, perdendo apenas para o Verona 2.0 iS, é a Racer, basicamente uma versão mais despojada de acabamentos que substituiu o XR3 em 1996, único ano de fabricação e consequentemente difícil de achar, o que deve fomentar a valorização.
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| Escort Racer 1996 |
Para as demais versões, tanto a Ghia 2.0 (93-96) quanto GLX 2.0 (96) e outras, desde que com todos os opcionais, também são bem cotadas, mas os 1.8 são os mais disputados. Valores em torno de 10 a 12 mil para exemplares de alto nível no caso dos XR3 e Verona 2.0 iS e entre 7 a 10 mil para as demais.
Curiosidade: os Escort modelo Zetec (1997 a 2001) ainda tem preços extremamente baixos, muitas vezes na casa dos 5 mil para unidades em ótimo estado, bem pouco para um carro médio que oferece o pacote completo de opcionais e o competente e econômico motor 1.8 16v de 115 cv´s na maioria das versões. Para quem quer apostar gastando pouco, é uma ótima opção que pode vir a valorizar dentro de pouco tempo, haja visto o número crescente de encontros de clubes envolvendo o Escort e, por consequência, os da série Zetec. Os modelos de cor roxa são bastante procurados.
| Escort RS 1998 |
Quem quer algo mais interessante nessa série sem gastar muito, pode apostar na carroceria duas portas, já bem difícil de achar, ou até mesmo no esportivo RS, porém aqui cabe uma ressalva: o RS não difere em nada das demais versões exceto por detalhes de acabamento. Vale prestar muita atenção a grade dianteira, rodas, spoilers laterais e traseiros, aerofólio traseiro, faróis de neblina embutidos no parachoque e relógio digital no painel (nas outras versões o relógio é analógico), pois sem esses detalhes o carro não passa de um Escort RS faltando peças, portanto não vale a aposta.
| Escort Sedan 1997: mudança de nome deu sobrevida ao modelo |
Se quer algo mais em conta ainda e gosta da linha, o Escort Sedan, ou ''Verona Zetec'', em especial na versão GLX com teto solar e na cor branca, é o mais difícil de ser encontrado e portanto tende a valorizar mais rápido. Para o RS, os valores variam bastante, mas é possível encontrar ótimos exemplares por menos de 12 mil, o mesmo para os demais da linha, incluso a SW.
| Versailles 1993 |
Quer um Ford com motor AP? Melhor investir num bom Versailles ou Royale, já com preços mais altos que Santana e Quantum, mas ainda atraentes.
| Versailles Ghia 1996 |
Se achar, os Versailles Ghia 2.0 coupe (2 portas) são os mais valorizados. Quanto a cores, os 1992 com interior bege são os mais procurados, além da última série 1996, mas o Versailles tem subido bastante de preço, qualquer unidade do sedan ou cupê em excelentes condições é uma compra interessante na faixa até 15 mil.
VW:
Para os APzeiros mais puristas, não sobraram lá muitas opções. Mas elas existem, e não são poucas, se você não se importar em sair dos ''quadrados'' para algo, digamos, mais confortável, espaçoso e até mais econômico!
| Santana GLSI 1995 |
| Santana Exclusiv 1997 |
A segunda geração do Santana ainda é encontrada com muita facilidade por preços abaixo dos 15 mil, mesmo em lojas se você precisar parcelar, o que torna o modelo bastante acessível.
| Santana Exclusiv 1997 |
Os destaques ficam para as versões GLS, Evidence e Exclusiv do sedan e ainda a Family, da Quantum, mais difíceis de achar mas que prometem valorização maior.
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| Santana Evidence 1989 |
Já para o Santana quadrado, versões como a Evidence de 1989/90 com as clássicas rodas pingão e a Sport prometem valorizar.
| Santana Sport 1990 |
Uma boa pedida para o Santana são os quadrados 1991, pois foi o ano do facelift e são raros os modelos 1991 quadrados. Destaque para a cor vinho. Já o EX (Executivo) é muito mais difícil de se encontrar com os itens que faziam dele um executivo, como o aerofólio traseiro e contornos dos paralamas, e os preços estão próximos aos 45 mil. Não vale, mas pedem.
| Apollo VIP 1990 |
Se Santana ou Quantum são grandes demais para a sua garagem, três excelentes opções são Apollo, Logus e Pointer.
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| Apollo GLS 1991 |
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| Logus Wolfsburg Edtion 1997 |
Curiosamente, o Apollo é mais caro que o Verona de primeira geração, mesmo sendo basicamente o mesmo carro, exceto por acabamentos e painel diferente, e é encontrado em estado impecável por menos de 12 mil. As cores azul, roxa e branca são as mais procuradas e as versões GLS e Vip as mais valorizadas. Já no interior, bancos Recaro e o interno bege são raros.
Já o Logus vale mais nas versões Wolfsburg Edition e GLS 2.0, mas outras versões são facilmente encontradas a preços em torno de 8-12 mil para unidades em estado excepcional, com lista de opcionais completa.
| Pointer GTi 1995 |
O mesmo vale para o Pointer, embora a versão GTi seja a mais rara.
As cores mais procuradas são o azul e o branco perolizado para o Logus, e a roxa para o Pointer. O interior bege no Logus é raro e disputado a tapas por quem procura o modelo.
Fiat:
Aqui quem gosta de lasanha vai se deliciar... As 'lasagne' da Fiat são encontradas a preços muito baixos, mesmo em comparação com a Ford, apesar do menor leque de opções.
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| O raro Tempra Coupé 1993 |
Liderando a lista, o famigerado Tempra. Sim, o Tempra começa a valorizar, fazendo feliz os proprietários que cuidaram de suas unidades. Se as versões Stile e Turbo já fogem de nossa alça de mira, situando-se acima de 25 mil para o Stile e pasme, 45 mil para o Turbo 2 portas, as versões 'menos nobres' do sedan já começam a seguir a tendência.
| 1999: a última série |
Embora ainda com preços abaixo do 10 mil para unidades em ótimo estado, já é fácil encontrar exemplares 16V por preços em torno de 16 mil, em condições absurdamente íntegras. Se quiser apostar suas fichas num bom Tempra, esqueça as unidades com preços abaixo de 8 mil e observe cada detalhe.
| Tempra SW 1995 |
As versões mais raras são o cupê 2 portas, 16V e na cor roxa (de documento a cor é cinza savelha). Depois dessas, a última série (1999) e o Tempra SW, com preços bem atraentes para carros em ótimas condições. Quanto as demais versões, as carburadas 1992-93 são interessantes e as mais baratas são as 2.0 i.e. e SX (1995-1998).
Como curiosidade, todos os Tempra são 2.0 com motores 8V apenas em 1992 e 16V e 8V a partir de 1993. Não existem registros oficiais de Tempra com outras motorizações no Brasil. Os preços variam entre 8 e 12 mil para unidades em estado impecável, sem detalhes.
| Tipo Sedicivalvole (16V) 1995 |
| Tipo SLX 1995 |
Igualmente mal falado, o Tipo também tem seus fãs, e as versões 2.0 16V tem subido vertiginosamente de preço, seguida pela SLX, com motor 2.0 8V.
Versões de 2 portas são mais raras, além do nacional 1.6 MPi, portanto com mais potencial. Para o 1.6 de 2 portas, as cores azul metálico e vermelho aparecem como as mais interessantes, enquanto para o SLX 2.0 a branca é a mais disputada. Já para o esportivo Sedicivalvole, aposte no verde metálico. Valor? Próximo a 10 mil para as 1.6 e SLX 2.0 e 15 mil para o 16V.
| Marea Turbo 1999 |
Seguindo a valorização do Tempra, algumas unidades do Marea igualmente começam a demonstrar incrível potencial. Mas... esqueça o Marea Turbo! Já passou da faixa dos 25 mil há tempos, e a tendência que o mercado tem demonstrado é a procura pelas versões 2.4 e 2.0 como as de maior potencial, mas mesmo as 1.8 e 1.6 já tem seu valor em patamares menos acessíveis para exemplares em excelentes condições. As 2.4 com câmbio automático tem boa valorização, bem como os exemplares com teto solar.
| Marea Connect 2007: última série bem cotada |
A série Connect, de 2007, encerra a fabricação do último modelo e tem como principal atrativo a competente motorização 1.6 16V do Palio. Cores como o vermelho alpine (sólida) e vinho são bem cotadas, além das tradicionais preta, branca e prata. Já a cinza steel é a menos procurada. Preços em torno de 12-18 mil para unidades verdadeiramente impecáveis.
Se te falta coragem para se lambuzar numa autêntica 'lasagne' dessas, ainda existem opções surpreendentes na linha Fiat! Como sempre, deixamos o melhor para o final, ou talvez não o melhor, mas o mais surpreendente.
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| Uno 1.6 R 1990: O Uno raíz |
O Uno 1.5/1.6R desfruta da onda de valorização dos demais esportivos da década, puxado pelas versões GT/GTS/GTi do Gol. Porém, ainda se encontram vários Uno R, inclusive o MPi e a rara versão 1.6 MPi 4 portas por valores abaixo dos 12 mil. Uma opção interessante é a CSL de 1992, anterior aos Mille, com motorização Sevel 1.6 argentina e acabamento muito superior as versões anteriores.
| Uno 1.6 MPi 4 postas: difícil de achar |
Aqui uma surpresa! O esquecido e injustiçado Fiat Prêmio, ou Duna em 1996, tem demonstrado uma estranha e totalmente inesperada valorização.
Explica-se: o modelo nunca foi lá um sucesso de vendas, embora tivesse todas as qualidades para isso. Motor pra lá de competente (o ótimo Sevel 1.6 argentino), espaço interno excepcional para o porte, ótimo acerto de suspensões, bom nível de acabamento nas versões intermediárias CS e SL e excelente na versão CSL, além do incrível porta-malas.
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| Prêmio/Duna: injustiçado que surpreendeu! |
Mesmo assim, o simpático sedan acabou ofuscado pelo próprio Uno, nunca ''deslanchando'', mesmo com a Fiat posicionando a versão CSL na faixa de carros maiores, antes do lançamento do Tempra, ou apostando em versões mais despojadas, como a fraca 1.3 S, a mais barata da linha, para concorrer na época com Chevette, Escort e Voyage, com larga superioridade.
Em que pese a seu favor a manutenção idêntica a de um Uno Mille, com desempenho bastante satisfatório e até empolgante nas versões 1.6 e acabamento e nível de conforto acima de média dos carros de seu porte para a época, o Prêmio é uma grata surpresa em meio ao reumatismo automotivo.
O mais procurado é o 4 portas 1.6 CSL em cores como o azul claro metálico, o vermelho sólido e o vinho, além do Duna 1.6 nas cores cinza grafite e azul metalico, também com boa procura. Preços abaixo de 9 mil para unidades em excepcional estado, completas.
Gostou das lasanhas nacionais? É mais corajoso? Então aguarde, na parte 2 desse artigo, as JACAS importadas que começam a despertar interesse, e preço...
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